O ser humano busca respostas lá fora, no universo sem fim (mais um lugar que eu provavelmente não conhecerei). As descobertas até que são legais e me entusiasmam, logo eu, um “abaixo da média” nas provas da OBA, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica.
E como é interessante essa coisa chamada curiosidade, pois parece que ela não é coisa de terráqueo, pelo menos é o que deixa a entender as informações que nos chegam nos últimos dias. Estou falando dessa história de óvnis, que abre as mentes mais inquietas para interpretações diversas. Bem canta o pernambucano Silvério Pessoa: “desceremos em Marte amanhã. Mas da Terra sou desconhecedor”. Pois agora me pergunto, caso tenha interessados neste lote com circunferência de 40.075 Km, têm eles já o domínio dos seus próprios puxadinhos galácticos?
São essas situações que puxam à lembrança os tempos de menino. Lá nos pagos da memória, em algum canto incrivelmente arejado, me vejo nos tempos de ensino fundamental, quando a cantina daquele pobre colégio público se apinhava de crianças em busca do manjar vespertino: leite com achocolatado e bolacha Maria. E como numa espécie de Sísifo, ao chegar ao topo, isto é, ao retirar o alimento das mãos da merendeira, tornava a voltar para a fila extensa aqueles cujo a insaciedade os consumia. E, enquanto os passos eram dados, eles devoravam o seu prêmio, aproveitando o tempo para garantir uma nova rodada de guloseimas. Mas era preciso cautela para não ser pego em flagrante.
Os que eram apanhados sofriam uma terrível sanção em praça pública, sendo submetidos a pergunta que humilhava até os mais desprovidos de vergonha. “Nem terminou de comer ainda e já está pensando no próximo lanche?”.
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