
Crônica da preguiça e o mundo é um moinho
— Vivo numa situação folívora de ordem pilosa, aígue e cabeluda. Considero-me arborícola, mas de um modo diferente, daqueles que preferem sombra ao galho.
— Não entendi foi nada.
— Estou dizendo que tenho preguiça.
— Com que frequência?
— A todo tempo!
— Concordo, mas você não tem nada de cabeludo.
— É que o mundo é um moinho, doutor, que tritura nossos sonhos tão mesquinhos.
— E então…
— Começou pelos meus cabelos.
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