É na lida, no suor do rosto e na poeira da estrada. Não é na sombra e não com a garganta molhada, ainda que elas tenham o seu lugar. Então eu penso, se a questão é o quanto pedem de nós, por que a preocupação em oferecer o que temos de melhor?
Afim de perceber o que é real e correto, nos deparamos com um enorme trabalho a ser feito. Se tudo ficar como já está, ou se apenas seguir o fluxo tendencioso para a morte, o esforço será mínimo e pouco desafiador.
Em que âmbito precisamos defender nossas mais profundas afirmações? Na mesa de um bar, na tribuna ou no olho da rua que, por enquanto, ainda acolhe tudo e todos? Separados dos nossos pensamentos intuitivos, da plena liberdade do pensar e do posicionamento, que restaria? Nada. Pois até o nada retirarão de nós. Iremos nos esfacelar, mas sem o devido reconhecimento pelos juízes do nosso tempo.
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